As vinícolas do Vale do Casablanca são um ótimo passeio de bate-volta de Santiago.
O Chile é um produtor de vinhos com várias regiões propícias para a vinicultura por conta do clima e do solo. As vinícolas do Vale do Casablanca, por exemplo, são recentes, tendo surgido a partir da década de 80.
Passeando pelas vinícolas chilenas
Partindo de Santiago há algumas opções para se conhecer um pouco (ou muito) da produção de vinhos, como o Vale do Casablanca, o Vale de Colchagua, o Vale Limare, dentre outros. Ou, ainda, uma visita à Cocha y Toro, um dos maiores produtores de vinho do mundo e bem pertinho de Santiago.
Optei por conhecer as vinícolas do Vale do Casablanca, por ser mais próximo de Santiago, cerca de 1h de carro. A produção chilena é conhecida mundialmente pelo vinho branco, mas o tinto tem ganho seu espaço.
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A principal característica do vinho do Vale do Casablanca é que por estar próximo do Oceano Pacífico, há uma variação climática durante o dia que ajuda na maturação da uva e na alta qualidade do produto final.
Para chegar lá há opções de tours (winetours) organizados por empresas especializadas no enoturismo ou alugando carro a partir de Santiago, seguindo pela Rota 68, a mesma que leva a Valparaíso.
Dá para ir de transporte público, mas acho que não compensa o esforço, principalmente porque chegando a Casablanca é preciso um táxi para levar até a qualquer vinícola.
Se for por conta própria, é bom checar se é preciso fazer reserva, os horários dos passeios guiados e os tipos de degustação oferecidos pelas vinícolas escolhidas.
A nossa parceria com a Get Your Guide oferece algumas opções de visitas a vinícolas chilenas:
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Tour pelas vinícolas do Vale do Casablanca
O passeio é feito em grupos pequenos, de até 10 pessoas, acompanhado de um guia. O guia no meu dia, Stephan, realmente sabia sobre o mundo do vinho, com informações pertinentes não só sobre a produção chilena, mas também de outros países, bem como muito atencioso durante todo o passeio. Pontualidade, buscar e deixar no hotel, uma van muito confortável e um grupo agradável complementou o passeio.
Aviso que o tour é em inglês, o que pode ser um impeditivo para alguns.
O tour incluía a visita a três vinícolas de produção premium, com uma farta degustação em todas, sendo que na última a degustação era acompanhada de um almoço harmonizado.
Vinícola Kingston
A primeira vinícola visitada foi a Kingston, vinícola chilena pioneira em plantar a uva Pinot Noir de vinho tinto, o que é relevante já que a produção chilena era até então especializada exclusivamente em vinho branco.
A história da Kingston é interessante, pois nasceu da compra da área por um americano no início do século XX à procura de ouro. Não encontrou ouro, transformou a propriedade em um racho de criação de gado. Algumas gerações depois, descobriram que a terra era boa para a plantação de vinho.
A ligação com os Estados Unidos é muito forte, a ponto de maior parte da produção ser exportada para lá, de onde é distribuída a partir de São Francisco para os mercados do próprio Estados Unidos, alguns países europeus e China.
Fomos recebidos com uma taça de vinho branco e depois conduzidos a uma visita à plantação, onde provamos uva direto do pé. Deliciosa, pequena e docinha, a uva tem seu crescimento e teor de açúcar controlados para a melhor qualidade da bebida.
Dei sorte porque a época da colheita estava prestes a começar, estando as videiras lindas e carregadas.
Após, um passeio pelo resto da vinícola, com explicação sobre o modo de produção e uma degustação de 5 vinhos.
A Kingston não possui certificação de vinícola orgânica, mas está trabalhando nesse sentido, não utilizando agrotóxicos.
Aliás, o não uso de pesticidas é um discurso do Valle de Casablanca na totalidade, sob a alegação de que o clima e a distância do Chile de outras áreas produtoras de vinho protege a cultura de pragas. Acredite se quiser.
Bodegas RE
Algumas taças depois, seguimos para a segunda vinícola, a Bodegas RE.
O “RE” do nome da vinícola se refere ao seu lema: REcriar, REinventar e REvelar. A vinícola é orgânica e visa a produção de vinhos especiais, alguns com técnicas antigas adaptadas aos dias de hoje.
Além do passeio pela plantação da Bodegas RE, conhecemos a adega com os tonéis de fermentação do vinho. Detalhe: há uma constante música ambiente tipo new age que, segundo estudos de um cientista japonês (?), ajudaria na qualidade do vinho (?!). Acredite se quiser, parte II.
A degustação se dá ali mesmo, no friozinho da adega numa grande mesa regada a vários tipos de vinho e alguns aperitivos para acompanhar. Admito que perdi a conta do número de garrafas degustadas, foram entre 5 e 7.
Veja também:
Quintay
Várias taças depois, nos dirigimos para a última das vinícolas do Vale do Casablanca do dia, a Quintay.
Lá após uma rápida apresentação sobra a Quintay e a região do Vale do Casablanca, com um passeio pelo local e prova do vinho em suas várias etapas de fermentação, fomos ao restaurante para o almoço harmonizada e degustação.
Almoço de qualidade, com alguns pratos da culinária chilena, e vinho adequado para cada refeição. Quantos vinhos? Nessa altura sabia mais de nada! Ainda bem que tinha uma van para deixar na porta do hotel! hahahaha
Muitas taças depois, retornamos no final do dia para Santiago, precisando de uma boa noite de sono para recuperar.
Conclusão: Vinícolas do Vale do Casablanca
Algumas outras opções de passeios em vinícolas chilenas, diferentes das que visitei, indicadas por blogs parceiros:
a) vinícola Veramonte, no Vale do Casablanca, dica da Ju do Turistando.in.
b) vinícola Emiliana, no Vale do Casablanca, outra dica do Turistando.in.
c) vinícola Santa Carolina, em Santiago, dica do blog Ligado em Viagem.
d) vinícola Casas del Bosque, dica do blog Atravessando Fronteiras.
e) Vinícola Santa Rita, dica do blog Casal A Bordo.
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Compartilhem suas histórias em vinícolas e degustações. Já visitou vinícolas do Vale do Casablanca? E um brinde para nós!
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Visitei apenas uma vinícola na vida, e foi no Chile, a San Steban. Achei bastante interessante, mas confesso que curti mais fotografar as uvas, flores e plantas com os Andes ao fundo do que degustar o vinho.
Oi Márcia, essa parte da fotografia também é ótima. O cenário é sempre lindo. bjs
Estamos indo para o Chile em agosto, vamos pegar inverno bravo, mas estou toda feliz por conhecer Santiago e o entorno, incluindo duas vinícolas, a Concha Y Toro e Santa Rita. Adorei seu post, já me deu uma vontade enorme de chegar nosso dia também.
Aproveite muito a viagem e depois conte como foi! bjs
Eu adoro visitar vinícolas – e fazer degustações! ehehe Essa não conheci, mas adorei saber mais sobre o tour e ver os pés cheios de uva (sempre dou ‘azar’ de ir na época ‘errada’ rs)!!!
Oi Mariana, estamos juntas. Também adoro esse tipo de programa. bjs