Ah, o inverno no Chile! Para muitos, a primeira imagem que vem à mente são as Cordilheiras dos Andes cobertas de neve e as inúmeras estações de esqui. Sim, a neve é um espetáculo à parte e um dos grandes atrativos do país para nós brasileiros. Mas e se eu te disser que há muito o que fazer Chile no inverno além da neve?

O Chile é um país interessante, mesmo sob as temperaturas geladas, que oferece uma gama de experiências que vão desde a efervescência cultural da capital, Santiago, passando pelos sabores (e brindes) das renomadas vinícolas chilenas, até as paisagens surreais do Deserto do Atacama.

É possível fazer várias viagens diferentes ao Chile, tamanha a sua diversidade de cenários.

Fiz esse guia completo pensando em você, que busca o que fazer no Chile no inverno que foge das atividades de neve, mesmo na estação mais fria. Afinal, esquiar não é fácil!

Confesso que uma das minhas grandes frustações coo viajante é não conseguir esquiar. São 2 minutos em pé e 20 caída na neve rsrs

Vamos explorar juntos as opções de o que fazer no Chile no inverno para um roteiro inesquecível.

Irei te provar que é possível desfrutar de inúmeros atrativos chilenos, mesmo sem colocar os pézinhos na neve! Pode confiar na Lulu!

Vem comigo!

O que você encontra nesse post hide

Quando é o inverno no Chile?

O inverno no Chile vai de 21 de junho a 22 de setembro, igual no Brasil.

Você pode organizar sua viagem (passagem, hotel ou pacote) aqui:

Por que visitar o Chile no inverno (mesmo sem neve)?

Você pode estar se perguntando: “mas por que eu iria para o Chile no inverno sem esquiar ou ver a neve?”.

Essa é uma dúvida super comum e a resposta é mais simples do que você imagina!

O inverno chileno, longe de ser apenas a temporada de esqui, revela um face do país com paisagens e experiências deslumbrantes, algumas que não são viáveis no verão.

Esqueça o clichê e venha descobrir as vantagens e os encantos de um Chile invernal que é muito mais dos somente montanhas nevadas. Para mim, são três os principais motivos.

palacio la moneda santiago o que fazer no chile no inverno
O Palácio de la Moneda em Santiago possui uma bela arquitetura.

1. Clima mais fresco e paisagens únicas na estação fria

Para começar a conversa, deixe de lado a ideia de que o inverno no Chile significa apenas frio congelante e nevascas.

Claro que para a carioca aqui 20 graus é a morte kkk

De fato, nas montanhas a neve domina, mas em boa parte do país, especialmente na região central e no norte, a estação fria presenteia os visitantes com um clima surpreendentemente agradável e lindas paisagens que se transformam com a chegada das baixas temperaturas.

Em Santiago, por exemplo, as temperaturas variam entre 0°C e 13°C no inverno, sendo os meses de agosto e setembro os mais chuvosos na cidade.

As temperaturas variam bastante conforme a região viticultora, mas em zonas vinícolas próximas a Santiago, como o Vale do Maipo e Vale do Casablanca, os termômetros giram em torno de 4°C e 15°C.

No inverno, os parreirais estão sem folhas ou uvas já que o ciclo das videiras está em fase de dormência. No entanto, a experiência de visitar uma vinícola não é menos interessante.

Já no Deserto do Atacama, as noites de inverno se tornam ainda mais espetaculares a experiência de observação astronômica, com seu céu limpo e estrelado como poucos lugares no mundo.

A menor umidade do ar e as temperaturas mais baixas contribuem para uma visibilidade excepcional, sendo um passeio inesquecível.

2. Menos multidões e preços mais atrativos em certos períodos

Viajar para o Chile no inverno, com foco em atividades que não envolvem esqui, pode trazer uma boa vantagem: chance de encontrar menos multidões e preços mais convidativos em diversos serviços!

Enquanto os centros de esqui fervem de turistas e os preços disparam, outras regiões do país tendem a ter um fluxo de visitantes mais tranquilo.

Isso significa que você pode desfrutar de atrações populares, como as vinícolas do Vale Central, museus em Santiago ou passeios no Deserto do Atacama, com mais calma.

Além disso, a demanda reduzida em alguns lugares pode se refletir em diárias de hotéis mais em conta e melhores ofertas em tours e restaurantes, ajudando ao orçamento de viagem render mais.

3. Aproveitar a cultura e gastronomia Chile no inverno

O inverno é, sem dúvida, a estação perfeita para se jogar na cultura e gastronomia chilena.

Quando as temperaturas caem, a busca por aconchego nos leva para dentro de restaurantes, onde podemos saborear pratos quentes típicos, que ganham um charme extra por conta do clima frio.

Minha dica é experimentar:

  • Cazuela: um ensopado de carne ou frango, com legumes e batata;
  • Sopaipillas: um tipo de pão frito que pode ser consumido tanto doce quanto salgado;
  • pastel de choclo: torta salgada de milho, geralmente recheada com carne moída ou frango, azeitonas e ovos cozidos. Parece o nosso escondidinho;
  • Curanto: prato tradicional da região sul do Chile, cozido em um buraco na terra com pedras quentes, que leva carnes, frutos do mar, legumes e batatas; e
  • Carbonada: sopa de legumes e carne, semelhante a um minestrone, com batata, abóbora, cenoura, vagem e temperos, além de carne cortada em pedaços.

Tudo isso, clao, acompanhado de uma taça de vinho tinto chileno. A uva típica do chile é a Carménère.

compras em santiago vinho chileno o que fazer no chile no inverno
Prove (e traga na mala) vinho chileno.

O que fazer em Santiago no inverno (sem esquiar)

Santiago, a capital do Chile, é frequentemente a porta de entrada para quem visita o país. No inverno, ela se transforma em um centro de cultura, gastronomia e paisagens para quem não tem interesse em esquiar.

Apesar das montanhas nevadas que a cercam, Santiago conta com uma variedade de atividades que preencherão o seu roteiro com ótimas experiências.

1. Enoturismo no Vale Central e no Vale do Casablanca: vinícolas no inverno chileno

Para quem gosta de enoturismo ou apenas passear em em áreas produtoras, o Chile oferece boas opções e de fácil acesso. Afinal, o país é um dos maiores produtores de vinho do mundo e o enoturismo no Chile é muito bem organizado.

As duas grandes áreas, ambas próximas e boas para um bate e volta de Santiago, são o Vale Central e o Vale do Casablanca.

O Vale Central do Chile é composto por quatro sub-regiões vinícolas:

  • Vale de Maipo: localizado no extremo norte, famoso por seus cabernet sauvignon – 2 horas de Santiago de carro.
  • Vale de Rapel: subdividido em Cachapoal e Colchagua, é conhecido pela produção de vinhos tintos carménère – 3 horas de Santiago de carro.
  • Vale de Curicó: vinhos com boa relação custo-benefício, especialmente cabernet sauvignon e sauvignon blanc – 2 horas de Santiago de trem. 
  • Vale do Maule: a maior região em extensão, conhecido por ainda cultivar a uva da casta pais, a primeira trazida para a América do Sul – 3 horas de Santiago de carro. 

O Vale do Casablanca, por seu turno, está localizado a cerca de 1 hora de carro de Santiago. Muito prática de chegar e com ótimas vinícolas. Gostei muito da experiência, tanto pelos vinhos quanto pela linda região.

Engana-se quem pensa conhecer vinícolas Chile no inverno não é uma boa ideia!

As videiras sem folhas (porque estão no período da dormência) fazem um cenário menos colorido do que no verão. Porém, conhecer por dentro as vinícolas – com visitas guiadas sobre o processo de produção do vinho e degustações -, é um programa agradável no inverno.

Afinal, ficamos no ambiente climatizado das vinícolas e degustamos vinhos que aquecem a alma.

Ao lado disso, o inverno pode proporcionar visitas mais tranquilas, com menos aglomeração de turistas, permitindo uma interação mais aprofundada com os guias e uma experiência mais exclusiva.

barril vinicola vale do casablanca bate volta santigo o que fazer no chile no inverno sem neve
Explorar uma vinícola chilena por dentro está na lista de o que fazer no Chile no inverno fora da neve

Sugestão de vinícolas perto de Santiago para visitar

No Valle del Maipo, uma das regiões vitivinícolas mais tradicionais do Chile, é possível visitar a Concha y Toro, em um tour que apresenta os processos de produção e oferece degustações de rótulos icônicos e queijos.

Outra opção é a visita à Vinícola Santa Rita, um passeio que combina vinhos premiados, arquitetura histórica e belas paisagens nos campos chilenos. A experiência na Santa Rita pode incluir desde tours clássicos até visitas com vinhos premium, harmonizações e acesso a construções tombadas como Monumento Histórico Nacional, como uma capela neogótica do século XIX.

A vinícola Undurraga também oferece visitação, com passeio pelo parque da propriedade, explicação sobre a produção e degustação de 3 rótulos.

Recomendo fortemente os vinhos dessas 3 vinícolas, não só pela qualidade, mas porque são facilmente encontrados aqui no Brasil (e a preços acessíveis).

2. Cultura e história em Santiago: museus, bairros e vida noturna

Santiago nos convida para um mergulho em sua rica história e alegre vida urbana.

Quando o frio nos estimular a atividades indoor, os museus da capital chilena são paradas obrigatórias.

Recomendo explorar os seguintes museus:

  • Museu Nacional de Belas Artes;
  • Museu Histórico Nacional;
  • Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM); e
  • Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana (o meu favorito na cidade, tanto que escrevi um artigo só sobre ele).

Mas a cultura chilena não se limita aos espaços fechados! Caminhar pelos charmosos bairros de Santiago é uma experiência por si só. Mesmo no frio vale colocar o casaco e visitar suas lojas, restaurantes e cafés.

Gostei bastante de dois bairros, os quais sugiro que inclua no seu roteiro em Santiago:

  • Lastarria: com agradáveis ruas arborizadas, galerias de arte, livrarias e charmosos cafés, perfeitos para um chocolate quente ou um café chileno; e
  • Bellavista ganha vida com seus muros grafitados, casas coloridas e, ao anoitecer, uma efervescência noturna com bares e restaurantes que atendem a todos os gostos. Aliás, os melhores restaurante que fui em Santiago ficavam nesse bairro.
estatua de madeira do museu chileno de arte precolombino santiago o que fazer no chile no inverno além da neve
Chemamülles é o nome dessas estátuas de madeira usadas pelos mapuches, povo originário no Chile. Vemos no Museu de Arte Pré-colombiana

3. Gastronomia chilena: restaurantes em Santiago do Chile

A gastronomia local é um capítulo à parte em qualquer viagem. Sempre procuro experimentar pratos típicos, pois é uma das formas de se aproximar da cultura de um país.

Em Santiago, a cena culinária tem opções que vão do tradicional ao contemporâneo, ideais para os dias mais frios. Esqueça a dieta por um momento e prepare-se para se deliciar!

Onde saborear em Santiago (minhas dicas de restaurantes em Santiago):

Para cazuela e pratos típicos: restaurantes com culinária chilena tradicional, como o Liguria (com várias unidades, conhecido pelos pratos fartos) ou o El Hoyo (famoso pela autenticidade e pratos como o pernil con papas).

Para empanadas: praticamente você encontrará em toda padaria e café. Sugiro experimentar a Padaria Las Rosas Chicas e Emporio Zunino.

Para uma experiência sofisticada: se busca algo mais elaborado, mas ainda com a essência chilena, o Boragó (alta gastronomia com ingredientes locais e sazonais) ou o Ambrosia (cozinha autoral e ambiente moderno) são excelentes escolhas.

No Vale Central: muitas vinícolas oferecem restaurantes ou experiências de refeições harmonizadas com seus vinhos.

Aproveite o inverno para explorar essa faceta deliciosa do Chile e descubra por que a gastronomia é um dos pontos altos de uma viagem!.

Deserto do Atacama no inverno: o que fazer no Chile no inverno além da neve

O Deserto do Atacama é o deserto mais árido do mundo. O inverno, apesar das temperaturas baixas, oferece algumas vantagens em relação a outras estações do ano.

As temperaturas no Deserto do Atacama no inverno durante o dia ficam entre 18°C e 25°C, podendo cair para até -5°C ou menos durante a noite.

É comum, por exemplo, ver neve nos vulcões, dando outros traços para a paisagem.

Temos experiências com menos turistas e com condições climáticas ideais para boa parte dos passeios, com clima seco e estável, logo, menos chances de mudanças bruscas no tempo.

Os preços são mais baixos, por ser baixa temporada. Outra vantagem de viajar nessa época para lá.

1. Céu noturno estrelado: observação astronômica no Atacama

Uma das coisas mais espetaculares no Deserto do Atacama é, sem dúvida, o seu céu noturno. Longe da poluição luminosa das grandes cidades, a aridez do deserto e a altitude criam condições quase perfeitas para a observação astronômica.

Durante os meses mais frios, a atmosfera se torna ainda mais limpa e estável, proporcionando uma visibilidade inigualável das estrelas, planetas e da Via Láctea.

Diversas agências de turismo em San Pedro de Atacama oferecem tours de observação astronômica, que geralmente incluem transporte para locais estratégicos, palestras explicativas sobre as constelações e o uso de telescópios de alta potência para admirar de perto corpos celestes.

Prepare-se para ficar boquiaberto. É um programa im-per-dí-vel.

tour astronomico deserto atacama o que fazer no chile no inverno
O tour astronômico no Deserto do Atacama é espetacular. foto: brahan milla em Unsplash

2. Gêiseres, lagunas e salar: passeios no inverno Atacamenho

O inverno no Deserto do Atacama, apesar das noites frias, oferece condições ideais para explorar suas paisagens icônicas e fazer alguns dos seus passeios mais famosos.

Gêiseres del Tatio: são um espetáculo nas primeiras horas da manhã. É justamente no inverno, com as baixas temperaturas da madrugada, que a diferença térmica com a água geotermal é maior, resultando em colunas de vapor mais intensas e visíveis. Prepare-se para um show da natureza.

Lagunas Altiplânicas (como Miscanti e Miñiques): com menos vento e menos turistas, permitem uma contemplação mais profunda de suas águas azuis-turquesa e do entorno vulcânico. Porém, há possibilidade de neve nas estradas e não ocorrer o passeio.

Termas de Puritama: são oito piscinas naturais com águas que saem do chão a 33o C, ou seja, mesmo no inverno é possível parar no local para se esquentar e relaxar depois de um longo dia de passeio

Vale da Lua e o Vale da Morte: suas formações rochosas e dunas remetem a paisagens de outro mundo, proporcionando fotos incríveis sob a luz do inverno.

deserto atacama geiser o que fazer no chile no inverno sem neve
Os Gêisers del Taito são um dos passeios no Deserto do Atacama no inverno. foto: Kurt Cotoaga em Unsplash

Litoral chileno: Valparaíso e Viña del Mar no inverno

Mesmo no auge da estação fria, o litoral chileno tem seu charme, oferecendo uma fuga para quem busca experiências além da neve.

Valparaíso e Viña del Mar, duas cidades para visitar no Chile no inverno que são vizinhas e de personalidades bem diferentes.

Elas se revelam destinos ideais para um bate e volta de Santiago e facilmente entram em uma lista de o que fazer no Chile no inverno fugindo da neve.

1. Valparaíso no inverno: arte de rua e casarões coloridos

Valparaíso pode ser visitada no inverno. Com um bom casaco para proteger do frio, podemos caminhar pelas famosas ladeiras e vielas da cidade.

A cidade é um verdadeiro museu a céu aberto. Valparaíso é conhecida por sua arte de rua e casarões coloridos. Prepare-se para se perder – no bom sentido! – entre os “cerros” (morros), cada uma bela vista para o Oceano Pacífico.

Aliás, os históricos ascensores (elevadores que conectam a parte baixa à alta da cidade) são uma atração por si só. Não fique com frio na barriga! Achei meio velhinhos, mas são seguros!

Ao caminhar pelas ruas encontramos murais e grafites que expressam a alma artística da cidade. Adoro street art e vagar pelas ruas da cidade foi um dos meus programas preferidos em Valparaíso.

Sugiro aproveitar e fazer um free tour pelo Barrio Puerto e Cerro Concepción para descobrir toda a história dessa área.

Ou então, se quiser focar apena na arte de rua, uma visita guiada pela street art de Valparaíso.

Também encontramos galerias de arte, ateliês de artistas locais e charmosos cafés onde podemos nos aquecer e observar o movimento.

street art valparaiso chile
Há também vários grafites pelas ruas de Valparaiso.

2. Viña del Mar: charme costeiro

Diferentemente da vizinha Valparaíso, Viña del Mar se destaca por sua elegância e tranquilidade, mesmo durante o inverno.

Conhecida como a “Cidade Jardim”, Viña del Mar tem parques bem cuidados e arquitetura charmosa.

Visite o famoso Relógio de Flores, um dos cartões-postais da cidade, e o Casino de Viña del Mar, que adiciona um toque de glamour à noite.

O Museu Fonck e o Castelo Wulff são duas alternativas para programas fora do frio, com exposições. O primeiro, aliás, gostei bastante do acervo.

Claro que se o tempo estiver bom, você poderá encarar o frio, caminhar pela orla da praia e ver os leões-marinhos na praia de Reñaca.

bate volta vina del mar santiago roteiro
O cantinho da praia onde ficam os leões-marinhos.

Outros destinos e atividades inusitadas para o inverno no Chile

Se você curtiu a ideia de explorar Santiago, o Deserto do Atacama ou o litoral chileno no inverno, prepare-se para ir além!

O Chile é um país de contrastes e a estação fria dá oportunidades para experiências longe da neve agradáveis em outras regiões.

1. Termas chilenas: relaxamento em águas quentes

Para quem busca o máximo de relaxamento e bem-estar durante o inverno, as termas chilenas são um ótimo refúgio.

Imagine mergulhar em piscinas de águas quentinhas, naturalmente aquecidas por atividades geotérmicas, enquanto o ar frio da montanha envolve você. É uma combinação revigorante.

Há algumas opções de termas no Chile no inverno, muitas delas inseridas em paisagens belíssimas.

Embora algumas possam estar em regiões que recebem neve, o foco aqui é a experiência da água quente em si, independente do cenário exterior.

As Termas Geométricas, por exemplo, no Parque Nacional Villarricano (sul do Chile), são famosas por sua arquitetura de passarelas de madeira que interligam várias piscinas naturais. As águas podem chegar a 45o C.

Já as Termas de Puyehue, na região de Los Lagos, estão a 45km da fronteira da Argentina. Oferecem além das piscinas térmicas infraestrutura completa com spas e tratamentos.

As Termas de Colina, no Cajón del Maipo (um vale cercado pela Cordilheira dos Andes), são piscinas naturais ao ar livre que chegam a até 50 °C, criando um contraste surpreendente com o ar gelado da altitude.

A excursão às Termas de Colina, oferecida pela Civitatis, inclui transporte e entrada nas termas, sendo uma ótima opção para alternar dias de esqui com momentos de descanso e imersão na natureza.

cajon del maipo chile
Cajon del Maipo no Chile. foto: Alice Yamamura em Unsplash

2. Experiências de aventura e ecoturismo para a lista de o que fazer no Chile no inverno

Para quem gosta de natureza ou busca uma dose de aventura e adrenalina, há onde ir no Chile no inverno fora da neve para quem gosta de ecoturismo e atividades leves ao ar livre.

Longe das grandes massas de esquiadores, encontramos trilhas de curta e média duração nas regiões costeiras e de vale, onde a neve não é predominante.

Pense em passeios a cavalo por vales pitorescos e ciclismo por rotas cênicas que realçam a fauna e flora chilena. O foco é na sustentabilidade, imersão e na conexão com o ambiente natural.

Por exemplo, uma excursão ao Embalse El Yeso permite explorar esse paraíso natural com conforto e segurança.

Em certas regiões, embora o clima seja mais frio, é possível encontrar atividades como passeios de caiaque ou de barco em lagos tranquilos.

Claro que é fundamental sempre verificar as condições climáticas e a acessibilidade das trilhas e atividades antes de se aventurar, bem como estudar a contratação de guias locais para garantir segurança e um maior aproveitamento da experiência.

embalse el yeso chile
Embalse el Yeso no Chile. foto: Zeluloidea

Dicas essenciais para sua viagem de inverno ao Chile (sem neve)

Agora que você já descobriu um universo de possibilidades para explorar o Chile no inverno, muito além das tradicionais atividades na neve, é hora de planejar sua viagem com inteligência.

Para garantir que sua experiência seja tão incrível quanto você imaginou. E sem perrengues!

Separei algumas dicas práticas e essenciais.

1. O que levar na mala para o Chile: checklist para temperaturas frias

Para garantir que sua mala esteja perfeita para o inverno chileno, mesmo sem focar na neve, e considerando as variações de clima entre as regiões, prepare-se com este checklist prático.

Se você precisar de comprar alguma roupa ou equipamento, veja na Amazon! Usando o meu link você compra sem qualquer custo adiciona e ajuda o blog.

  • Roupas em Camadas:
    • Segunda Pele (Térmica): blusas e calças térmicas para reter o calor.
    • Camadas Intermediárias: blusas de fleece, lã ou suéteres.
    • Camada Externa (Casaco): casaco corta-vento e, se possível, impermeável.
  • Partes de Baixo:
    • Calças confortáveis e que sequem rápido.
    • Jeans (versáteis, mas considerar tempo de secagem se molharem).
  • Calçados:
    • Tênis ou botas fechadas e confortáveis, com solado antiderrapante.
    • Meias térmicas ou de lã.
  • Acessórios:
    • Gorros.
    • Luvas.
    • Cachecóis.
    • Óculos de sol.
  • Proteção Pessoal:
    • Protetor solar (indispensável, especialmente no Deserto do Atacama).
    • Protetor labial.
    • Repelente (obrigatório no verão, mas bom ter).
  • Itens para Passeios:
    • Mochila pequena para carregar itens durante o dia.
    • Garrafinha de água para se manter hidratado.
    • Câmera à prova d’água ou capa protetora para celular (se for visitar locais com água).
    • Remédio para enjoo (se for fazer passeios de barco ou voos panorâmicos).
  • Conforto Extra:
    • Uma capa plástica descartável ou casaco impermeável (para se proteger em locais com spray de água, como quedas d’água).
    • Muda de roupa extra e toalha (se for fazer atividades onde possa se molhar).
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Você pode comprar usando o seu celular.

2. Como se locomover: carro, transporte público e tours

Organizar a logística do transporte é um dos pilares para uma viagem de inverno tranquila e sem neve pelo Chile. As opções são variadas e dependem muito do tipo de experiência que você busca e das regiões que pretende explorar.

Se a ideia é ter autonomia para desbravar as vinícolas e fazer paradas espontâneas para fotos em paisagens, alugar um carro é a sua melhor aposta. A liberdade de ir e vir no seu próprio ritmo é impagável para quem busca exclusividade.

Faça cotação com a Rentcars, com opção de parcelamento em até 12 vezes!

Para se movimentar dentro de Santiago, o transporte público é eficiente, econômico e, sem dúvidas, a melhor opção.

O metrô conecta os principais pontos turísticos e bairros da cidade, facilitando o acesso a museus, restaurantes e centros culturais. Além disso, há uma boa rede de ônibus que complementa o sistema.

Agora, se você prefere mais comodidade e conforto, não quer se preocupar com estacionamento ou simplesmente deseja otimizar seu tempo, contratar transfers ou tours com agências de turismo é a melhor escolha.

Para alguns passeios é obrigatório. Para outros, o serviço com pacotes completo (transporte, guia e ingressos) significa tranquilidade, sem se preocupar com a logística, e uma experiência enriquecedora com o conhecimento de guias locais.

santiago chile neve
Santiago e a Cordilheira dos Andes ao fundo

3. Melhor época para visitar o Chile no Inverno (e evitar a neve intensa)

Se a sua intenção é desfrutar do Chile no inverno, mas com foco em experiências que vão além dos flocos de neve e das pistas de esqui, a escolha da época certa é fundamental! Abaixo um resumo para você se organizar.

Período CaracterísticasIdeal ParaA Evitar
JunhoInício do inverno; temperaturas baixas, mas menor probabilidade de grandes nevascas em áreas não montanhosas.Quem busca o clima invernal com charme, explorando cidades, vinícolas e o Deserto do Atacama. Possibilidade de preços mais atrativos.Alta temporada de esqui (ainda não começou o pico, mas pode haver movimentação nos centros de esqui).
JulhoPico do inverno; maior chance de neve nas montanhas. Férias escolares no Brasil e Chile.Quem quer ver neve nas montanhas e aproveitar centros de esqui.Quem busca fugir das multidões e evitar o foco na neve; preços mais altos em Santiago e nas regiões de montanha.
Final de Agosto / Início de SetembroFinal do inverno/início da primavera; temperaturas frescas, menor intensidade de neve.Quem busca o clima invernal ameno, menos turistas nas atrações (exceto centros de esqui no final da temporada). Ótimo para vinícolas e Atacama.Picos de neve para esqui (a neve pode estar presente, mas as condições podem não ser as ideais para esquiar).

Evite, se possível, as férias escolares de julho, pois é quando a maioria das famílias brasileiras e chilenas busca os destinos de neve, tornando Santiago e as estradas de acesso às montanhas mais movimentadas.

4. Seguro Viagem para o Chile no Inverno

Mesmo que o seu roteiro de inverno no Chile não inclua aventuras na neve ou esportes radicais, a contratação de um seguro viagem é um item indispensável e que garante muito mais tranquilidade para você e sua família.

Pense nele como um investimento na sua paz de espírito.

Acidentes ou imprevistos podem acontecer a qualquer momento, e os custos de atendimento médico no exterior, incluindo o Chile, podem ser exorbitantes.

Um seguro viagem de qualidade oferece cobertura para despesas médicas e hospitalares, atendimento odontológico e até mesmo repatriação sanitária, caso seja necessário.

Além da saúde, o seguro cobre uma série de outras eventualidades que podem comprometer a sua experiência, como extravio de bagagem, atrasos ou cancelamentos de voos, e até mesmo assistência jurídica.

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Eu não viajo sem seguro de viagem, porque o risco de acontecer alguma coisa e ter prejuízo é muito grande. Além da assistência 24 horas com atendimento em português.

Também não uso os seguros do cartão de crédito porque esses trabalham com reembolso (ou seja, você paga para receber o valor depois). E se eu não tiver dinheiro para pagar?! Olha o perigo!

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5. Viaje conectado: conheça as vantagens

Viajar conectado hoje em dia é quase tão essencial quanto ter o passaporte em mãos. Não dá para depender de wi-fi grátis. Para isso, o eSIM surge como uma solução prática, especialmente para quem busca conveniência e evitar surpresas na conta de telefone.

Pense comigo: você acabou de desembarcar no Chile, e em vez de perder tempo procurando um chip local, seu celular já está conectado. Essa é a primeira e grande vantagem do eSIM: a facilidade de ativação. Você compra o plano online antes de sair de casa e recebe por e-mail um QR code simples para ativação. Sem filas, sem burocracia e sem precisar trocar o chip físico do seu aparelho.

Aliá, com o chip físico continua no aparelho, você mantém seu número de telefone principal para receber mensagens e usar o Whatsapp, por exemplo.

Em termos de custo, o eSIM geralmente oferece planos mais econômicos comparados ao roaming internacional das operadoras tradicionais. Você escolhe exatamente o pacote de dados que precisa, sem pagar por aquilo que não vai usar. Tudo isso com mais controle sobre seus gastos.

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Conclusão: há muito o que fazer no Chile no inverno além da neve

Chegamos ao fim desse meu mini guia de possibilidades de o que fazer no Chile no inverno além da neve.

Tenho certeza de que você percebeu que o país é muito mais do que apenas um destino para esportes gelados.

O Chile na estação mais fria do ano é um convite a experiências autênticas e, às vezes, até mais econômicas. Espero que tenha gostado da minha curadoria de melhores passeios no Chile no inverno sem esqui.

Permita-se surpreender pelo Chile no inverno, desvendando seus encantos para além da neve. Se precisar de mais informações, veja o guia de viagem do Chile aqui do site.

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Perguntas Frequentes

Qual a melhor época para visitar o Chile no inverno sem esquiar?

A melhor época para visitar o Chile no inverno, focando em atividades além da neve, geralmente é junho e início de setembro.

É possível visitar vinícolas no Chile durante o inverno?

Sim! As vinícolas do Vale Central, como as localizadas próximas a Santiago, e Vale do Casablanca funcionam normalmente durante o inverno e oferecem tours e degustações.

O que levar na mala para o Chile no inverno, pensando em passeios sem neve?

Recomenda-se levar roupas em camadas, casacos corta-vento ou impermeáveis, blusas térmicas, calças confortáveis e sapatos fechados e confortáveis. Protetor solar e labial também são importantes, especialmente em regiões como o Atacama.

O Deserto do Atacama é uma boa opção para o inverno?

Sim, o Deserto do Atacama é uma ótima opção para o inverno! As temperaturas durante o dia são suportáveis e as noites são frias e ideais para a observação de estrelas, que é uma atividade imperdível na região.

Quais cidades visitar no Chile no inverno além dos centros de esqui?

Além de Santiago, você pode explorar Valparaíso e Viña del Mar no litoral, e claro, o Deserto do Atacama. Outras opções incluem cidades com termas e regiões vinícolas.

Lulu Freitas Gorges
Carioca que ama viajar. Meu lema: "Vivo para viajar. Viajo para viver". Compartilho aqui minhas experiências de viagens pelo mundo, com dicas sobre tudo o que conheci e adorei. Membro da ABBV - Associação Brasileira de Blogueiros de Viagem desde 2020.
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