Os tipos diferentes de vinhos são igualmente saborosos. Todos sabemos que existem diferentes tipos de vinho, que correspondem a verdadeiros “estilos de vinificação“, cada um com características organolépticas próprias e que se combinam com a comida diferentemente.
Por isso que, baseado nesta premissa, cada um deles é indicado para um tipo diferente de ocasião. Nesta matéria, separamos 5 tipos diferentes de vinhos que você precisa conhecer, desde os espumantes clássicos até os brancos aromáticos.
Aliás, vinho e viagem super combinam. Há inúmeros destinos de enoturismo pelo mundo, ou seja, dedicados a oferecer experiências àqueles que curtem vinho e belas paisagens.
Leia e saiba mais, vamos lá!
5 tipos diferentes de vinhos
Vinhos rosés
Há muito tempo esquecidos, os vinhos rosés foram recentemente “redescobertos” pelo grande público e fazem muito sucesso pela frescura e vivacidade, estando presentes em muitas adegas para vinhos.
Os vinhos rosés são um dos 5 tipos diferentes de vinhos, caracterizados por aromas frescos frutados e florais, os vinhos rosés são excelentes aperitivos, acompanhando aperitivos à base de carnes curadas, são ideais se combinados com queijos jovens e, em geral, para todos os pratos de verão, incluindo legumes.
As massas com molhos de peixe com tomate, que combinam a delicadeza do peixe com a estrutura do molho, acompanham com perfeição um rosé. Os vinhos rosés também são uma harmonização ideal com pequenos cortes de carnes e peixes, como atum, salmão e grelhados em geral.
Os vinhos rosés se obtêm essencialmente de duas formas: por junção de vinhos de base brancos e tintos ou por maceração curta (ou muito curta) sobre películas de mostos de castas de bagos pretos (o caso mais comum).
Algumas castas utilizadas nos vinhos rosés são a Grenache, Pinot Noire, Zinfandel e Merlot.
Vinhos brancos
O processo de vinificação do vinho branco guarda semelhanças com o do vinho tinto, podendo ser elaborado tanto de uvas brancas (vinho blanc de blancs) quanto tintas (blanc des noirs).
Algumas das características de um vinho branco são:
- processo de fermentação sem as cascas da uva;
- em geral, não descansa em barrica de madeira, mas em tanque de inox;
- acidez mais elevada;
- pouquíssimo tanino (pois este composto está concentrado na casca da uva); e
- tonalidade que varia do translúcido ao amarelo-palha.
As castas de uvas mais comuns dos vinhos brancos são a Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling.
Vinhos tintos
São diversas as castas de uvas usadas para um vinho tinto, que podem ser usadas para vinho varietal (de uma única uva) ou assemblage (com mais de uma uva diferente).
Uvas famosas: Cabernet Sauvigon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Touriga Nacional (em Portugal), Tempranillo (Espanha), Malbec (Argentina) e Sangiovese (Itália).
1. Vinhos tintos leves
Os vinhos tintos leves se obtêm com estilos de vinificação simples, que envolvem períodos não muito longos de permanência dos mostos nas películas, geralmente curtos períodos de refinamento e sem passagem ou maturação em barricas de madeira.
O tipo de casta utilizada também desempenha um papel fundamental, para não falar do clima (os climas mais quentes favorecem a maturação dos açúcares e consequentemente o teor alcoólico dos vinhos produzidos).
Vinhos tintos jovens produzidos em áreas com clima relativamente fresco, sendo particularmente adequados para acompanhamento de grelhados, carnes frias, sopas em caldos e queijos de meia cura.
2. Vinhos tintos de corpo médio
Os vinhos tintos de corpo médio são outros dos 5 tipos diferentes de vinhos, também geralmente obtidos com estilos de vinificação simples e colocados nos mercados jovens (no ano seguinte à vindima).
Mas, as características das vinhas com que são produzidas e/ou da zona de origem, tornam-nos mais estruturados, mais ricos em taninos e adequado para acompanhar pratos de carne vermelha grelhada ou assada.
Veja também:
3. Vinhos tintos encorpados
Os vinhos tintos encorpados se obtêm através de estilos de vinificação mais complexos e após períodos de envelhecimento em madeira, por vezes mesmo muito longos. Para obter esses resultados, a matéria-prima básica (uvas) também deve ter as características certas.
Utiliza-se, portanto, uvas de castas caracterizadas por elevada acidez e taninos (substâncias essenciais para garantir a longevidade) e cultivadas em vinhas com rendimentos bastante baixos (para favorecer a concentração de extratos nas uvas).
Os mostos obtidos, submetidos a macerações bastante longas em contato com películas e grainhas, são depois da fermentação transferidos para grandes ou pequenas pipas de madeira, consoante o tipo de vinho e as tradições do local de origem.
Depois de realizada a fermentação malolática, que baixa ligeiramente a acidez e aumenta a suavidade, os vinhos permanecem alguns anos a descansar nas barricas (1 a 4 anos mínimos, em geral) antes do engarrafamento.
Os vinhos assim obtidos são adequados para acompanhar importantes pratos de carne vermelha ou queijos envelhecidos.
Espumante
Um equívoco comum é achar que espumante não é vinho. De fato, o espumante é um dos tipos diferentes de vinhos, com um detalhe de produção diferente dos demais.
No vinho tinto, rosé ou branco (que podem ser classificados como “vinho tranquilo”), durante a vinificação da uva há liberação na atmosfera do CO₂ resultante da transformação do açúcar da uva em álcool. No espumante, esse CO₂ é dissolvido na bebida.
Por isso há as borbulhas (chamadas de perlage) no espumante! Devido ao CO₂!!
O espumante passa por duas fermentações (ao invés de apenas uma como nos demais tipos diferentes de vinhos). Na primeira obtém-se o vinho base e na segunda, há a retenção do CO₂ no vinho base. Essa segunda fermentação pode ser feita por dois processos:
- charmat: a fermentação se dá em tanques de inox fechados; ou
- champenoise (ou tradicional): a fermentação ocorre dentro da garrafa.
São espécies de espumante: champanhe, cava, prosecco, dentre outos.
O espumante pode ser classificado como (do mais seco para o mais doce):
- nature;
- extra brut;
- brut;
- demi-sec; e
- moscatel.
Vinhos de Elaboração Especial
Tais vinhos possuem tipologias que são muito diferentes umas das outras.
Vinhos doces
É o caso de vinhos obtidos por bloqueio da fermentação por adição de álcool sob a forma de aguardente, e, posteriormente, submetidos a longos envelhecimentos.
Esses envelhecimentos envolvem também a permanência do vinho em barricas vazias e consequentemente a sua oxidação parcial.
Outras formas de obtenção do vinho doce é com a adição de algum componente adoçante ou a concentração de açúcares da uva.
São tipos diferentes de vinhos que fazem o aumento da concentração de açúcares da uva, com métodos que podem ser, exemplificativamente, a colheita tardia da uva, o congelamento (icewine ou eiswein) ou a sua “passificação” (quando a uva é “desidratada”, parecendo uma uva-passa).
Os espumantes doces são mais indicados para acompanhar sobremesas levedadas, pois a espuma ajuda a refrescar a boca com as notas amanteigadas destas sobremesas, enquanto os vinhos licorosos são mais indicados para pequenos pastéis e queijos azuis.
Vinhos fortificados
Fechando a lista de tipos diferentes de vinhos, temos os vinhos chamados de fortificados.
Há vários vinhos classificados como fortificados, sendo os mais famosos o vinho do Porto, Jerez e Madeira.
Os vinhos fortificados podem ser seco ou doces (esse último o mais comum), obtidos por processos de vinificação muito particulares. Em outras palavras, o vinho do Porto é feito por um método único, diferente do usado para fazer o Jerez, por exemplo.
O ponto em comum entre as várias espécies de vinhos fortificados é a utilização de uma aguardente vínica obtida através da destilação do vinho.
Perguntas Frequentes
O que é prosecco?
Prosecco é um tipo de espumante feito na região do Veneto na Itália. Assim, prosecco não é sinônimo de espumante, como é muito comum se falar. Prosecco é espumante, mas nem todo espumante é prosecco.
Qual a diferença de espumante e champanhe?
Todo champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe. O que diferencia é que champanhe é o espumante produzido na região de Champanhe, na França, apenas com uvas pinot noir, pinot meunier e/ou chardonnay e seguindo o método de produção tradicional champenoise.
Bônus 1: as principais uvas
Você sabe quais são as principais uvas dos países produtores de vinhos? Descubra abaixo:
C
Bônus 2: taças para beber vinho
Agora que você já conferiu os tipos diferentes de vinhos, é bom saber que para cada um há uma taça de vinho indicada para melhor apreciar a bebida.
Veja abaixo quais as taças ideias para beber vinho:
Este foi o nosso guia sobre os 5 tipos diferentes de vinhos mundialmente conhecidos. Já provou algum deles? Tem alguma dúvida sobre o assunto ou sobre a matéria? Comente abaixo que vamos respondê-lo e até a próxima!
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Lulu, achei super interessante esse seu artigo sobre tipos diferentes de vinho. Ainda mais para a galera que está iniciando nesse universo maravilhoso e está perdida, porque é difícil mesmo.
Super detalhado, acho que ajuda bastante!
Oi Mariana, o mundo do vinho é um universo de coisas, tentei ser objetiva para ajudar nos primeiros passos. Obrigada pelo elogio! bjs