Falei um pouco sobre o Castelo de Edimburgo (Edinburgh Castle) no post sobre o roteiro de Edimburgo – Old Town. Porém o Castelo merece um post só dele, afinal ele domina a paisagem da cidade e é a sua principal atração. Uma viagem a Edimburgo não é completa sem visitá-lo.
Justiça seja feita, a fama é mais do que merecida! Achei um passeio muito bacana. As horas voam lá dentro!
Construído sobre um antigo vulcão, o Castelo de Edimburgo era a residência da família real escocesa durante a Idade Média.
Do castelo temos uma visão panorâmica lindíssima de Edimburgo. Muitas, muitas fotos!
Se quiser outra bela vista de Edimburgo, uma opção de passeio é subir até Calton Hill, outro cartão postal da cidade.
Já o espaço interior do castelo é ocupado por várias exposições, em especial com ligação à história escocesa.
Um passeio completo pelo castelo demanda algumas horas se quiser ver todas as salas e exposições.
Lá encontramos a construção mais antiga de Edimburgo, a St Margaret’s Chapel (Capela de Santa Margarida). Uma capela bem simples e singela construída em torno de 1130.
Uma das salas mais famosas é a Prisons of War (Prisões de Guerra), onde são exibidos objetos referentes à prisão que funcionava no castelo (tais como artefatos feitos pelos presos, pedaços das celas) e sobre a Guerra de Independência Americana, já que muito dos presos foram capturados nas batalhas navais do conflito. Para se ter uma ideia, em 1781, havia mais de 1.000 prisioneiros de guerra!
Outro local muito visitado é o Great Hall (Grande Hall), reconstituindo o salão principal do castelo, com suas armaduras e vitrais.
Porém as estrelas do Castelo de Edimburgo são Crown Jewels (Joias da Coroa) e Stone of Destiny (Pedra do Destino). Nos horários de pico pode haver filas. Como eu fui no final do dia foi tranquilo.
As Joias da Coroa não podem ser fotografadas, por razões de segurança. Vemos a coroa que representa a monarquia da Escócia. Essa sala não é grandiosa quanto à da Joias da Coroa da Torre de Londres, mas cumpre sua função com honras.
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Aliás, até se chegar à sala das joias propriamente dita, passamos por algumas que recontam toda a sua história desde os antigos reis escoceses. Por exemplo, após algumas transformações, o conjunto das joias foi usado tal como se encontram até hoje pela primeira vez em 1543. Ou que as joias foram usadas oficialmente pela última vez em 1707 e depois foram trancadas num cofre por mais de 100 anos, só reaberto em 1818, quando passaram a ser expostas ao público.
Já a Pedra do Destino é o elemento histórico mais importante da Escócia. Sentados sobre essa pedra, os primeiros reis escoceses eram coroados em uma cerimônia ao ar livre. A pedra simbolizava a união do monarca, da terra e do povo.
A história da Pedra do Destino, aliás, é um enredo de filme (literalmente).
Ela foi roubada pelo rei inglês Eduardo I em 1296 e permaneceu por 600 anos na Abadia de Westminster, para raiva dos escoceses.
No Natal de 1950 quatro estudantes escoceses (bêbados, dizem rsrs) roubaram a pedra da Abadia de Westminster para devolver para a Escócia. Sim, para recuperar o orgulho nacional! Ao tentarem pegar a pedra, não aguentaram o peso (150kg) e ela acabou se partindo em duas! A fronteira entre a Escócia e a Inglaterra foi fechada pela primeira vez em 400 anos, mas ainda assim eles conseguiram escapar. Os estudantes-ladrões emendaram a pedra em uma com a ajuda de um pedreiro e, por alguns meses, ela ficou em seu poder. A Pedra do Destino acabou sendo recuperada pela polícia (ou melhor, devolvida), mas os estudantes não foram processados e saíram impunes, pois as autoridades temeram que isso alimentasse o sentimento separatista na Escócia.
A Pedra do Destino só foi oficialmente devolvida para a Escócia em 1996! Contam as más línguas que ao som da música-tema de Missão Impossível rsrs
Enfim, desde então está em exibição do Castelo de Edimburgo.
Uma tradição do castelo é o tiro de canhão às 13h, chamado de One O’clock Gun. Todos os dias, exceto aos domingos, o mestre artilheiro dispara o canhão.
A entrada é £16.50. A compra pela internet dá direito a uma fila preferencial para ingressar no castelo.
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